O carnaval, pode ser um pouco difícil, para os sul-americanos, imaginar a festa no inverno, mas ela acontece na França, sem feriado para todos, mas com duas semanas de repouso para as escolas.
Apesar de ser uma festa pagã está ligada ao calendário cristão, onde o ponto culminante é a “terça-feira gorda”, pois as pessoas, antecedendo ao período da quaresma dedicavam-se aos excessos que lhes seriam proibidos em seguida, pelo período de quarenta dias. Nesse dia, a tradição pede para que se queime o rei momo, ou seja, o rei do carnaval.
Ao contrário dos brasileiros, os franceses festejam com muita roupa, evidentemente! As fantasias são as mais variadas, contando com máscaras ou pinturas nas faces. As crianças nas escolas gostam desse divertimento e, quase todas as escolas primárias, dedicam um dia para a folia. Há concursos de fantasias e algumas cidades têm características diferentes das outras.
Os três carnavais mais famosos do país são o de Dunkerque, no norte, o de Limoux e o de Nice, no sul. O de Dunkerque começou por volta dos anos 1550 e tem como mito a figura de Reuze, um gigante que seria, originariamente, a representação de Allowyn, chefe militar originário da Escandinávia. Ninguém pode confirmar essa teoria. Entretanto, a partir de 1750, começaram a aparecer documentos dizendo que esse gigante, era casado e tinha filhos. E, até hoje, enormes bonecos desfilam durante o carnaval pelas principais ruas da cidade.
Em Limoux, os fantasiados interagem com os espectadores, numa comédia improvisada, comumente em língua occitana. É considerado um carnaval de excessos, de transgressões, com vinho, obscenidades, sátiras, pierrôs multicolores em estilo veneziano; o encontro de Dionísio com Gargantua, do mundo greco-romano com o gaulês. Essa festa dura duas semanas.
A arte da atualidade e da sátira é o que caracteriza o carnaval de Nice. Sua Majestade, o Carnaval, é levado até a praça de Masséna, na “Velha Nice”, por estudantes da cidade, que o queimam na última noite, em uma fogueira instalada no mar, ou na praia. Há uma batalha de flores vista como uma versão sublimada da desordem carnavalesca. As flores, as fontes econômicas locais e os produtos emblemáticos são a singularidade desse carnaval, tornando-o célebre.
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